Na alma dele eu brinco de lua, nas linhas, vou no traço sem medo, na cama dele eu me deito nua, na vida dele eu sou um segredo. No meu corpo ele brinca de chuva, nas linhas me mistura a uns casos, na cama me deita e me faz luva, na minha vida ele fecha os casos. É ele o dono, a lei, a minha lenda, minha casa, meu cacho, meu destino, meu mistério, o pano da minha tenda,meu homem, minha fé, meu menino. É lembrança, andança, jorro de letra, dor no peito, alegria e meu acesso, e como diz, naquele fado, a portuguesa, o nome dele, nem às paredes confesso.
(M. Quitéria)
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