Observando

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008


AMOR QUE MORRE...
Quem o diria !Quem o pensara mesmo ao ver-me tonta, Ceguinha de te ver, sem ver a conta, Do tempo que passava, que fugia! Bem estava a sentir que ele morria... E outro clarão, ao longe já desponta! Um engano que morreu...e logo aponta. A luz doutra miragem fugidia... Eu bem sei, meu amor, que pra viver. São precisos amores, pra morrer, E são precisos sonhos para partir. Eu bem sei, meu amor, que era preciso fazer do amor que parte o claro riso. De outro amor impossível que há-de vir.

(Florbela Espanca)

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